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Spams driblam os filtros mais atuais
Magnet

Por Paula Bassi

De acordo com a firma anti-spam Ironport, o número de mensagens indesejadas que trafegam pela internet dobrou desde o ano passado. Segundo pesquisa divulgada no dia 4 de dezembro pelo SoftScan, cerca de 89,73% dos emails foram considerados junk mails em novembro. Apesar disso, a porcentagem de emails infectados com vírus continua baixa - apenas 0,42% de todos as mensagens.

A Ironport diz que a mais nova técnica utilizada por esse tipo de publicidade indesejada é o "image spam", que transforma as palavras contidas no corpo da mensagem em figuras. Esse artifício engana os anti-spams tradicionais, que tentam detectar nas porções de texto das mensagens frases usuais a esse tipo de email. O número de image spams quadruplicou desde o ano passado e agora representa de 25 a 45% de todo o junk email, dependendo do dia.

Segundo a versão online do jornal The New York Times, as empresas anti-spam lançam técnicas avançadas para detectar os spams mais sofisticados, que em geral acabam conseguindo driblá-las.

Muitos dos softwares que combatem as mensagens indesejadas se tornaram mais eficazes por um tempo, e muitos dos usuários americanos ficaram esperançosos com a lei federal Can-Spam Act of 2003, que exigia que os spammers oferecessem a opção para o usuário escolher não receber mais as mensagens do remetente A pena era prisão para quem violasse os termos. Porém, muitos spammers simplesmente fugiram da legislação americana. Pesquisas mostram que a maioria dos junk mails hoje em dia vem da Rússia, do Leste Europeu e da Ásia.

De acordo com a Comissão Americana Federal de Comércio, o volume de spam diminuiu durante os primeiros oito meses do ano passado. As companhias anti-spam conseguiram atuar de maneira eficaz por um tempo. Isso foi feito por meio de três técnicas: analisando o remetente das mensagens, verificando quais palavras estavam presentes no email e checando para quais sites o leitor seria redirecionado.

Infelizmente, as três técnicas foram vencidas pelos spammers. A primeira, por meio de uma invasão em computadores alheios. Sem saber, os usuários baixam vírus e outros programas maliciosos e começam a mandar spam de forma não intencional. Segundo a companhia Secure Computing, cerca de 250.000 PCs são capturados todos os dias por este método. Assim, ficou muito mais difícil filtrar junk emails que vêm de diversas novas fontes, o que ainda faz com que eles não tenham que pagar pelo tráfego virtual gerado.

O segundo procedimento - de analisar o conteúdo das mensagens - também não foi eficaz, por causa dos já citados image spams. Os filtros começaram, então, a adotar o método de reconhecimento óptico dos caracteres (OCR), que inclui escanear as imagens de um email e tentar reconhecer letras e outras palavras. Os spammers responderam a isso por meio da inclusão de manchas, caracteres e cores mais complexas para confundir os computadores.

O terceiro artifício - examinar a qual link os emails direcionavam - foi driblado de uma maneira mais complexa. Muitas das mensagens agora vendem ações de pequenas empresas no mercado. Os spammers compram essas ações de companhias obscuras e as vendem para as pessoas que respondem ao email. Não são necessários links. Pesquisas das Universidades de Purdue e de Oxford mostraram que esse tipo de spam dá lucros de 5% a 6% a cada dois dias.

Outro artifício que foi sobrepujado pelos spammers foi o de identificar e bloquear as cópias das mesmas mensagens. Para driblar mais esse recurso, criou-se um software que automaticamente muda alguns pixels em cada imagem enviada.

Fonte: Yahoo Notícias - Qui, 07 Dez - 14h41

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